ORCHIDACEAE

Habenaria achalensis Kraenzl.

Como citar:

Pablo Viany Prieto; Tainan Messina. 2012. Habenaria achalensis (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

660.059,708 Km2

AOO:

44,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil, ocorrendo aqui nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal (Barros et al., 2012). Possui registros ainda na região norte da Argentina, Uruguai e Paraguai (Irgnang; Junior, 2003).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Critério: B2ab(iii,v)
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Habenaria achalensis</i> é uma espécie campestre que apresenta distribuição ampla no Brasil, que abrange parte dos biomas Mata Atlântica e Cerrado. Entretanto, a espécie é representada por um número relativamente baixo de registros esparsamente distribuídos, a maioria deles em locais sujeitos a uma ou mais ameaças. Nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Poços de Caldas (MG) e Campos do Jordão (SP), o habitat da espécie é bastante ameaçado principalmente pela expansão urbana. Em Linhares (ES), e nos Campos de Altitude de Santa Catarina, as principais ameaças são atividades agropecuárias e silviculturais, que vêm suprimindo grandes áreas de habitat potencial deste táxon. Todos esses fatores indicam uma clara redução na extensão e qualidade do habitat, a qual permite suspeitar que esteja ocorrendo um declínio no número de indivíduos maduros da população. A AOO é de 44 km², e o número de situações de ameaça é inferior a dez. Por esses motivos, a espécie foi considerada "Vulnerável" (VU).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente na obra Botanische Jahrbücher für Systematik, Pflanzengeschichte und Pflanzengeographie 16(2): 133. 1893.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Batista, Bianchetti; Pellizzaro (2005) indicam uma raridade da espécie no Cerrado, envidenciada pela carência de coletas deste táxon em área bem amostrada.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Fitofisionomia: Campo Limpo Inundável (Batista, Bianchetti; Pellizzaro, 2005).
Habitats: 4 Grassland
Detalhes: Planta herbácea, terrestre (Batista, Bianchetti; Pellizzaro, 2005), higrofila (Irgang; Junior, 2003); ocorre em Campo limpo inundável (DF) (Batista, Bianchetti; Pellizzaro, 2005) associado ao Domínio Fitogeográfico Cerrado (Barros et al., 2012) e demais Formações Campestres associadas ao Domínio Fitogeográfico Mata Atlântica (Barros, Rodrigues; Batista, 2009; Barros et al., 2012). A grande maioria das espécies da família Orchidaceae são perenes, hermafroditas e anemocóricas (Barros, com. pess.). Foi registrada com flores em Dezembro (Batista, Bianchetti; Pellizzaro, 2005).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
​Nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Poços de Caldas (MG) e Campos do Jordão (SP), o habitat da espécie é bastante ameaçado principalmente pela expansão urbana.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture local
​Em Linhares (ES), e nos Campos de Altitude de Santa Catarina, as principais ameaças são atividades agropecuárias e silviculturais

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Extinta" (EX) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do estado de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4 Protected areas
​Ocorre no Parque Nacional do Caparaó.